domingo, 19 de junho de 2011

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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Disputa do espetáculo: Celebridades x Paparazzi



Nana Gouveia - quadra do Salgueiro ( Nov/2008)

Celebridades são divindades fabricadas e administradas, ícones midiáticos, deuses da vida cotidiana. Hoje o que garante a visibilidade das celebridades é a produção de suas identidades através da circulação das imagens, que acabam virando mercadoria. Essa visibilidade depende do aparecimento da imagem corporal em um veículo de comunicação, que acaba sendo muitas vezes transformada um espetáculo pela mídia, causando formas de sensacionalismo. Transformar pessoas anônimas em celebridades ou supervalorizar as que já têm fama, é um dos caprichos do espetáculo, que passa o reconhecimento à sociedade dessas pessoas como estrela. Para as celebridades que encaram de frente essa invasão de privacidade, acabam por fim tornando-se vítimas dos espetáculos com reversos que ocorrerem nessa busca incansável do privado, causando assim constrangimento e impacto na vida social, como por exemplo a morte da princesa Diana, em agosto de 1997.

Acidente - princesa Diana

A fotografia respalda um acontecimento, ou seja, a imagem serve para que as pessoas acreditem que é algo verdade, visto que a foto dá vida ao fato agregando valor à realidade, fazendo com que esta se torne visível. Os paparazzis, que têm a fascinação por registrar através de vários cliques as celebridades, fotografam muitas vezes a mesma coisa até conseguir dizer aquilo que se quer, acompanhando a rotina das celebridades a fim de despertar atenção da maior quantidade de pessoas possíveis. o trabalho desses profissionais é ir atrás do momento certo, ou seja, do inesperado, registrando assim formas de testemunhar o privado da vida das celebridades.
O objetivo dos paparazzis ao resultar a divulgação dessas imagens é mostrar que a câmera incrimina, ou seja, que ele selecionou “momentos” dentre outros possíveis, por exemplo, de uma atriz que estava dançando, mas que sem querer deixou aparecer sua calcinha. Essa pressão pela visibilidade que gera fotografias sensacionalistas, vem de uma intenção desses profissionais que possibilitam ver coisas que poderiam passar despercebidas.



Dado Dolabella e Luana Piovani flagrados na praia da Barra

Imagem – produto do espetáculo




O espetáculo é definido pelo autor Douglas Kellner, no livro Sociedade Midiatizada, como “formas de produções construídas tecnologicamente que são produzidas e disseminadas através da mídia de massa ( rádio, TV, internet, wireless)”. O século XX, que é caracterizado por formas de espetacularização, faz com que indústrias culturais possibilitem a multiplicação dos espetáculos na mídia e em sites. Com a multiplicação de experiências devido às tecnologias, cidades incham, populações crescem , e com o desenvolvimento de tecnologias de informação, as formas de espetáculo acabam moldando a sociedade e a cultura.
A televisão, que se tornou o centro da vida doméstica dos brasileiros, mudou a relação entre público e privado devido aos seus telespectadores considerá-la um meio onde tudo pode ser visto. Nossa sociedade durante muito tempo foi ensinada que algumas coisas são se faziam nem se diziam em público, e sim deveriam ser feitas com privacidade. A partir daí, o que ocorre é uma inversão de valores que são estabelecidas pela própria sociedade pós-moderna.
O espetáculo ocupa várias esferas de nosso cotidiano como política, economia e em nós mesmo. Uma das formas de domínio, por exemplo, é através da mídia que muitas vezes oferece fantasia e sonho, modelando pensamento, comportamento, e ação dos indivíduos, tornando-se palco de visibilidade para conquistar audiência, aumentando assim o poder e o lucro da indústria cultural.
Dentro do espetáculo tudo é mercadoria, na visão do filósofo Guy Debord. A imagem tem valor de mercadoria e é criado o novo, o extraordinário e o desconhecido que depois se torna o esquecido. Ele afirma com seu conceito marxista e radical embora nem todos são dominados por este espetáculo: “O mundo presente e ausente que o espetáculo faz ver é o mundo da mercadoria dominando tudo o que é vivido.”
Muitas vezes o espetáculo não agrega informações relevantes, mas torna o conhecido em algo impactante que chega a causar choque através da forma que é colocado pela mídia em mostrar a realidade, da melhor forma para se vender.
Para Debord, o espetáculo também vai muito além da presença dos meios de comunicação de massa no cotidiano das pessoas. Segundo o autor, o espetáculo é a própria sociedade e, por assim ser, torna-se o principal instrumento de unificação social, ou seja, por meio da imagem se cria a realidade e essa realidade construída realiza a unidade da vida. Isso fica evidenciado na seguinte afirmação: “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens.”

sábado, 27 de setembro de 2008

Qual será o modo de ver deles? E o seu, de "ver" eles ?


Confecção de vassouras na Associação Aliança dos Cegos


A matéria e as fotos abaixo eu fiz para a revista Posto Rio edição 37, lá do meu estágio. Vale a pena ler e acima de tudo ajudar essas pessoas que quase não são reintegrados pela sociedade devido a deficiência visual, pois quase não têm chances de empregos. No final da matéria está o endereço para quem puder ajudar comprando vassouras por um preço bem mais em conta do aque aqui fora. Além dessa ajuda, eles estão precisando de roupas de cama, roupas em geral e móveis mesmo que usados. Estou aceitando algumas doações para encaminhar em breve para a casa deles. Quem tiver um rádio, pode ser de pilha, e puder doar sem sombra de dúvidas eles ficarão muito felizes, pois o rádio é o meio de comunicação mais companheiro dos cegos.


DIRETORIA SOCIAL VISITA ALIANÇA DOS CEGOS

Deficientes visuais fazem da produção artesanal de vassouras fonte de renda e de motivação para viver

Você já imaginou passar dia após dia enfrentando dificuldades até para as coisas mais simples, como ler esta revista? Tal realidade é vivenciada ao longo de uma vida inteira pelos deficientes visuais que lutam contra limitações e preconceitos. Pensando nesta questão, a diretoria social do Sindcomb visitou a Associação Aliança dos Cegos, com o objetivo de trazer para a revenda os produtos oferecidos pela casa.
Para reintegrá-los à sociedade, a instituição vem, há 79 anos, recebendo cegos adultos, no bairro de São Francisco Xavier. Reconhecida de utilidade pública pelo Governo, a Aliança detém o Certificado de Filantropia por sua atuação. Até o ano de 1969, teve na direção pessoas de visão normal. No ano seguinte, por ocasião da reforma de seus Estatutos, passou a ser comandada por deficientes visuais, que a partir de então, deram continuidade a um trabalho melhor, integrado às suas origens, e que dura até hoje.
O lugar se mantém por meio de doações com a venda de vassouras, por atacado e a varejo, que são produzidas pelos próprios cegos em uma pequena fábrica, nos fundos da associação.
Para a segurança de todos, em equipamentos de alto risco, como a guilhotina, os funcionários que cortam a madeira bruta não são deficientes visuais.
- Há cegos que não têm oportunidade de ingressar no Benjamim Constant. Aqui, reintegramos eles à sociedade e preparamos para o aprendizado na oficina. Alguns perdem a visão depois de certa idade, outros são encaminhados por assistentes sociais e muitos são abandonados por famílias- diz o presidente Luciano de Almeida.

Amor e superação
Amparar, orientar, educar e dar trabalho aos cegos são objetivos fundamentais da associação, e que motiva também o diretor administrativo, João Antônio Valente, de 58 anos de idade.
- Aprendi a confeccionar vassouras em uma escola quando era jovem. Há 36 anos, isso aqui é o lugar que me divirto e tenho minhas maiores alegrias – declara sorridente.
A casa tem um amplo espaço. Pelos corredores, encontramos um salão de honra, onde são feitas as reuniões, além de um amplo refeitório, cozinha e os dormitórios. Toda essa estrutura conta com o trabalho de 45 filiados divididos em internos e externos, que vão para as suas casas durante à noite.

Não compre por caridade, e sim pela qualidade

Atualmente, cerca de dez deficientes visuais trabalham em horário comercial e confeccionam mais de 2000 vassouras por mês. Com um rendimento por volta de R$ 10 mil, e despesa em torno de R$ 35 mil por mês, a produção é reduzida devido à falta de matéria-prima, como a piaçava.
- A produção poderia ser maior, mas isso não ocorre devido às dificuldades financeiras. Temos uma receita fixa da venda das vassouras, mas não é suficiente - lastima José Antônio.
A mensagem principal que move essa aliança é bem convincente e deseja atingir você, revendedor a colaborar com este projeto que é resultado de muita superação:
“Não compre por caridade, e sim pela qualidade.”


João Antônio Valente, 58 anos, diretor administrativo




Fábrica que funciona nos fundos da associação




Dormitório onde há cegos internos que não trabalham



:) AJUDE VOCÊ TAMBÉM!!!!!!!



Associação Aliança dos Cegos

http://www.associacaoaliancadoscegos.com.br/

Rua 24 de Maio, 47São Francisco Xavier - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2281-0704 2501-7076 3278-992

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sobre a fotografia

Hoje estou postando alguns trechos do livro "Sobre Fotografia" de Susan Sontag. Particulamente é um livro que eu gosto muito, além de ter sido minha primeira bibliografia. Além dela, faço uma pequena citação do livro "A poética do banal" de Luis Humberto.
Como estou postando fora de casa, abaixo são as minhas únicas fotos que tenho no momento. Todas que faço por têm como base do que diz no texto abaixo: "Há por detrás das lentes um olho que escolhe, recorta e define o momento certo do clique deacordo com seus desejos."
Espero que gostem!



(By Aline Jesus - Praia de Botafogo - Março/2008)


A linguagem fotográfica gera em nós uma dupla sensação ao nos colocar a frente de algo que, ao mesmo tempo, está e não está ligado ao que chamamos de realidade. Uma fotografia é um pacote de informações na medida em que nos fornece dados sobre lugares, pessoas, épocas e acontecimentos. É nesse sentido que ela ganha um grande valor como registro histórico e, mais radicalmente, como documento de comprovação dos fatos. Vivemos em um mundo em que o olhar foi construído como o sentido mais adequado para conhecera as coisas, e nele a fotografia foi recebida como expressão plena, indiscutível e definida de um real imaginário.

"Fotografar é apropriar-se da coisa fotografada. Significa pôr a si mesmo em relação com o mundo, semelhante ao conheciemento, e portanto, ao poder" (Susan Sontag, Sobre Fotografia)



(By Aline Jesus - Urca - Março/2008)


A nossa percepção e apreciação de uma imagem depende do nosso modo de ver. O autor Luis Humberto em seu livro "Fotografia, a poética do banal" destaca que o instante acontece quando se dá o encaixe entre os significados descobertos no objeto de nosso interesse e alguma coisa pré-existente dentro de nós.
Há por detrás das lentes um olho que escolhe, recorta e define o momento certo do clique de acordo com seus desejos. Ao olharmos uma fotografia sabemos que o fotógrafo selecionou aquela vista dentro de outras possíveis.



"Fotos fornecem um testemunho. Algo de que ouvimos falar mas de que duvidamos parece comprovado quando nos mostram uma foto. Numa das versões da sua utilidade, o registro da câmera incrimina." ( Susan Sontag, Sobre Fotografia )






sexta-feira, 5 de setembro de 2008

"Não estou pleiteando a Presidência, pois já sou presidente"



Essa foto presidente Lula, eu peguei na net já tem um bom tempo e guardei. Resolvi postar e estou me perguntando até agora: Que modo de ver é esse do nosso presidente ? Fico a imaginar o motivo que o fez arregalar os olhos e torcer a boca. Será para um parlamentar ? Será para a 1ª dama? Será para a imprensa? Será para as críticas da oposição?
Sinceramente eu estou aqui escrevendo e às vezes paro e fico olhando...olhando...e tentando imaginar, será pra quem ou por que desse olhar?
Lembrei-me então de uma resposta que ele deu a pouco tempo em Campinas, à oposição que qualifica sempre o PAC de “eleitorado” e gancho principal para um possível terceiro mandado. Talvez, nesse dia, ele tenha feito a mesma expressão da foto acima quando disse:
- “ Não estou pleiteando a Presidência, pois já sou presidente.”

Isso Lula! Com reeleição ou não você é presidente sim, gostem ou não. E se houver reeleição, pelo menos você pode subir em palanques pra dizer isso, ao contrário de candidatos que estão se elegendo e reelegendo e nem isso podem, porque estão sendo cassados.
O PAC é uma realidade em todo o país. É um programa “apartidário” e tem obtido excelentes resultados sim! Mas o que a oposição quer é criticar defendendo interesse dos partidos ao contrário de defender um interesse único: melhorar o Brasil e acabar essa vergonha que é a corrupção dentro da casa deles, dos parlamentares.

Estamos em época de eleição. Época esta que o pobre é lembrado e tem mais valor. E os eleitos após as eleições, almoçam com os banqueiros e se esquecem dos pobres. Tomemos cuidado com as boas aparências! Nem quero entrar nessa discussão, enfim.
Do meu ponto de vista, os que falam que o presidente é burro e analfabeto se esquecem que os dotados de diplomas tão inteligentes e doutores como o FHC que não conseguiu reparar erros, principalmente no que diz respeito à corrupção política, ao longos dos últimos 40 anos. Acredito que existam erros ainda, e devem ser corrigidos sim. Ao invés da oposição ficar criticando o governo Lula, por que não se preocuparem em ajudá-lo a corrigir os problemas que ainda existem?
Ninguém é perfeito. Ninguém pode cobrar nada de ninguém à menos que não se ofereça ajuda. O Lula erra, omite, mente. Sim. E eu? E você ? Não?
Isso serve para mim. Isso serve para você. Isso serve para quem só sabe criticar o próximo.
Antes de julgar, vamos pensar!
É mais fácil criticar do que ajudar, né? ( interpreto de outro modo que talvez seja essa a fisionomia que ele, eu, e você fazemos diante de tantas críticas e pouca ajuda )

Aline Jesus

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Que outros jeitos de ver moram em nossos olhos ?



Explicamos o mundo com palavras, porém de fato a vista chega antes da visão estabelecendo o nosso lugar no mundo. As palavras não substituem por completo a função da vista. A visão sempre está em movimento captando coisas, constituindo aquilo que é presente. Só vemos aquilo que olhamos, pois ver é um ato involuntário, e quando aprendemos a ver descobrimos que podemos ser vistos, percebendo que fazemos parte de um mundo visível.
Começo hoje o meu novo blog. Nele quero expressar meu modo de ver as coisas através da fotografia. Quero aqui poder exercer minha percepção e apreciação da imagem, seja ela captada por mim, ou divulgada por uma outra pessoa. Pretendo através da imagem, abrir um espaço, uma esfera pública, ou seja, uma liberdade de expressão.
O filósofo alemão Jürgen Habermas, pertenceu à segunda geração da Escola de Frankfurt (escola conhecida por seu programa de desenvolver uma teoria crítica de sociedade e dos meios de comunicação de massa). Ele dizia: “a democratização dos meios de comunicação é indispensável para a democratização da sociedade, pois hoje não é suficiente falar em liberdade de expressão e manifestação se isto não for acompanhado do direito de expressar opiniões através dos meios de comunicação de massa”. Hoje, o espaço considerado para a apreensão da esfera pública é a imprensa, sendo o espaço público condicionado pelos meios de comunicação.
Eu e você temos o direito de “liberdade” de expressão sem interferências, sem que a esfera pública represente como foco principal interesses particulares e dominantes. Meu objetivo é participar de uma esfera pública saudável, através da fotografia e por meio da Internet, com a capacidade de expor, e abrangir diferentes opiniões tendo como fundamento a interação participativa pelo meu modo de ver, pelo seu modo de ver.

Aline Jesus